quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Recordações - Primeiro ano de UFPR e os desenho a caneta.

     Esta é a história de uma caipirinha do interior que foi estudar na capital.
     Passei no vestibular da UFPR em primeiro lugar no meu curso, e fui pra lá com a cara, coragem, uma mala e uma pasta de desenhos. Acreditava que sabia desenhar, imaginava que ia chegar arrasando, que era praticamente uma artista. Ledo engano.
     Mal cheguei descobri porque era caipira, que não sabia nada de coisa nenhuma, nem desenhar, nem pintar, nem quem realmente eram os artistas deste mundo. Na minha época de aluna do ensino fundamental e médio aula de arte era uma mistura de desenho livre com atividades e apresentações para datas comemorativas. E cheguei achando que sabia... pensa no tamanho do tombo.
     De todas as histórias do primeiro ano na federal a minha preferida é do meu professor de desenho e sua maravilhosa técnica de ensino que consistia em esculhambar o desenho da gente colocando todos os defeitos (que eles realmente tinham, infelizmente) e ensinar a desenhar com caneta bic. Sim, isto mesmo! Tínhamos que desenhar com caneta para aprender a não errar. A linha tinha que ter firmeza e sair no lugar certo, o que, óbvio, geralmente não acontecia. Mas meu orgulho e vontade de aprender foi mais forte e lá fui eu... desenhar e desenhar, canetas e papéis, modelos e desenhos de observação até eu achar que tinha ficado bom, e lógico ele achar mais defeitos... rsrsrs

Desenho com caneta - UFPR - 1993

Desenho com caneta - UFPR - 1993
Desenho com caneta - UFPR - 1993

Desenho com caneta - UFPR - 1993

Desenho com caneta - UFPR - 1993
      Hoje quando desenho escuto a voz do Sergio Kirdziej na minha cabeça, como um bom fantasma que me diz o que fazer, o que olhar, como transformar o que vejo em uma imagem. Chorei de raiva, de nervoso, de frustração quando comecei e a cada atividade que ele passava eu fazia muito mais, na tentativa de realmente aprender.
     Parece que deu certo!

Beijocas coloridas

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